Seguíamos com o peugeotzinho preto e despreocupados com a vida. O evento começou a se desenrolar quando o vidro ficou embaçado. Liguei o ar condicionado, numa manobra sagaz, e vi a mágica acontecer. A visão ficou clara novamente. Um alívio. Aí aconteceu aquele evento misterioso, quem sabe, sabe. O vidro VOLTOU a embaçar. Meio irritado, fui ligar o ar. MAS, PASMEM. O ar já estava ligado! Se você já experimentou essa sensação de impotência sabe como é. É que nem pedir BigMac sem picles, mas sentir o gosto do picles mesmo assim. E aí você pode dizer: é só jogar água no para-brisa. Parabéns! Você é demais mesmo. Um arraso. Abraço.
Acontece que esse troço de jogar água do meu carro tá entupido desde quando comecei a dirigir. A parada foi ficando cada vez mais hostil.
Então, nesse clima tranquilo, de direção segura e manobras de perigo moderado, fomos nos aproximando de, acredite ou não, uma batida policial. Uma desgraça de uma batida policial em plena terça à noite.
O cenário era o seguinte: pegeot preto, insulfilme, vidro embaçado. Não conseguíamos enxergar direito os policiais e nem eles, apesar da lanterna apontada furiosamente para dentro do veiculo, nos enxergar. Para piorar, e o mistério é revelado agora, o Gabriel estava ostentando sua camisa do Corinthians. Isso mesmo. Aquela preta com listras brancas. Aquela de malocas. Posso apostar o dinheiro da merenda que foi por isso que nos pararam.
Pausa.
Todo respeito aos corinthianos. Poxa, vocês são dez.
Retomando..
Os oficiais, com as mãos nas armas, lanternas apontadas para dentro do carro e o grito "SÃO ELES! SÃO ELES!"
Brincadeira. Se o cara grita isso acho que eu chorava ali mesmo.
Enfim, mesmo não sendo assim tenso, foi moderadamente tenso. " Encosta o veiculo! Encosta!" as mãos nas armas. Encostamos. O cara mais cabuloso, com cara de louco mesmo, gritou "Desliga o veiculo e saiam de mãos para cima!". Eu sei que é meio ridículo, mas nessa hora deu até um medo de fazer um movimento brusco e levar um tiro na beiça. Graças a Deus, fui muito astuto no movimento. Pude até perceber o que o policial pensou naquela hora: " Puxa, não senti a menor vontade de matar esse cara."
Saímos e fomos instruídos a colocar as mãos no capô. O mais interessante é que, pela cara dos policias, eles estavam desconfiando MESMO de nós.
Logo, feita alguma análise, considerando minha cara de idiota, a desconfiança só podia estar sendo gerada pela camisa do timão.
Daí os oficiais começaram a nos revistar. E nesse momento eu senti um pouco de pena deles. Como já falei, estávamos voltando do fut e o Gabriel estava especialmente amanteigado.
Vocês se lembram da cena do "quero ficar com polly" em que o ben stiller joga basquete?
Pois é, o policial também lembrou.
Ainda bem que vc fez a ressalva aos corinthianos. Essa história de propagar preconceito não tá com nada, já basta ter sido fator motivador da blitz! rsrsrs
ResponderExcluirhahahahahhaha
Excluirsim!
Valeu o comentário!
bjs!!
Oie!
ResponderExcluirCheguei aqui pelo "IBM notícias" (pois é, eu leio ele inteiro...rs) e achei seu blog muito legal! Você escreve muito bem. Parabéns!
hahahahahhah
ExcluirObrigado!
Que bom que gostou!!
Cara estou curtindo muito teu blog.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho!
Ta ligado aquela hora do dia que ta cheio de problema e precisa tomar uma decisão, do tipo AGORA Ou NUNCA, ai vc em vez disso vai tomar um café relaxa um pouco, esquece de tudo, pois é to fazendo isso agora. hehehe
Muito bom seu Blog...