Aos olhos um último olhar

Nem sempre se começa um texto pelo titulo. A tia Regina, professora de português sempre nos incentivou a colocar por último. Que ela me perdoe. Ou não. Afinal, nunca terá o imenso prazer de gastar 5 minutos lendo o texto de uma criança entediada.

Parece um começo triste, e talvez seja mesmo. Amanhã estarei no Acampamento e por lá ficarei, trabalhando, até o dia 30. Não voltarei igual, disso posso ter certeza. Posso voltar melhor. Espero. Posso também estragar tudo. Tarefa muitas vezes fácil para minha grande cabeça oca. Mas creio que não. E esse crer é bom, e me faz sentir abraçado por essa expectativa de diversão próxima. E o abraço anima, porém não me deixa dormir. Conheço bem a sensação. São 5h25 da manhã e ainda estou conversando com mais um infeliz que participará da mesma jornada. Dois imbecis, que se negam a deitar na cama e esperar o sono, crentes que fazem um bom negócio conversando por audio e dizendo inutilidades como “ putz, to sem sono nenhum” ou “olha essa foto!”. Obviamente vc está sem sono nenhum, meu filho. Está na internet, conversando com outro HOMEM, as 5h25 da manhã.

Vou escrevendo o que me vem na mente, assim como todos os outros textos, obvio. Não me preocupo muito com o resultado e nem penso muito nisso. Escrevo simplesmente pq vou sumir por um mês e gostaria de deixar meu último fluxo de ideias. Escrevo tb pq antes estava jogando poker, que nem online era, num site qualquer. O mais triste disso tudo é que devo ter ganhado só umas tres rodadas em uma hora inteira de jogatina. Puxa, esse tipo de coisa acaba comigo. Essa parada de vc estar jogando no nivel medio e ter que reiniciar o jogo pra botar no nivel fácil pq está apanhando feito um cachorro. Cadê tua honra cara? Não estava nem aí. Mudei mesmo. E continuei perdendo.